domingo, 17 de agosto de 2008

dia um



O solitário brilhou em seu dedo, imagina, sua primeira jóia, sabe-se lá, quando ganharia outra. Era do tamanho exato, nem apertado, nem soltinho, feito absolutamente sob medida.
Desenvolveu no primeiro momento, um certo tique nervoso: de minuto em minuto olhava de relance para o dedo para acostumar-se com o anel, queria vê-lo o mais natural possível, como se já fosse parte integrante de seu corpo, como se já fossem do outro há muitos anos.
Tirou o jornal espalhado na rede e jogou-o no chão. Cuidadosamente deitou, ela valia muito. Um momento de puro amor.

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